A morte recente de famosa cantora americana, sabidamente usuária de diversos tipos de entorpecentes, retoma o debate sobre o número de usuários de drogas no Brasil e no mundo. Segundo o escritório das nações unidas sobre o crime (UNODC), em torno de 270 milhões de pessoas no globo consumiram alguma droga ilícita no ano de 2009.
A maconha é disparada a droga mais utilizada, consumida por cerca de 5% da população mundial (200 milhões de pessoas), seguida das anfetaminas, opiáceos e, por último, a cocaína, cuja última posição pode ser explicada pela diminuição de suas áreas de cultivo segundo o relatório do UNODC. Outro ponto importante, com relação à maconha, revela que a concentração de THC (tetrahidrocanabinol), seu princípio ativo, é muito maior que há dez ou quinze anos.
Além disso, diversos estudos apontam que o consumo regular dessa droga aumenta o risco de o indivíduo sofrer transtornos psicóticos, sem contar os prejuízos comprovados à memória e concentração. Outro dado preocupante é o aumento do número de consumidores de anfetaminas, largamente utilizadas para o emagrecimento por exemplo.
Embora não figure como um país produtor de drogas, o Brasil vem se transformando em uma rota cada vez mais explorada por traficantes, especialmente da América do Sul, com destino à Europa. Tanto que, ainda segundo o órgão da ONU, em 2009, 10% de toda droga que chegou à Europa de navio passou por nosso país. Segundo estimativas de estudos recentes, 60% do tráfico de drogas se dá por via marítima e a situação piora se considerarmos que não mais que 5% dos contêineres que passam pelos portos brasileiros são vistoriados.
Considerando finalmente que no mesmo ano analisado no estudo do UNODC ocorreu um homicídio a cada quatro minutos na América Latina, de acordo com A Organização dos Estados Americanos (OEA), vê-se que há muitos desafios ao país.
Fonte: Jornal de Brasilia
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