quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Cinco mitos sobre drogas


Há muita  informação sobre drogas circulando na imprensa e mesmo entre publicações de diversos tipos, e elas tornam-se senso comum ou verdade absoluta. As distorções ganham força e prevalecem alguns mitos, que mais atrapalham do que ajudam. Selecionamos alguns para esclarecimentos e retirar alguns preconceitos.


1.O crack vicia na primeira vez” – Apesar de não haver dúvida do crack ser uma droga arriscada e potente, dizer que “vicia” na primeira ou segunda vez é um mito. O mais freqüente é a dependência química já ter se desenvolvido, estando a pessoa em consumo pesado de outras substâncias, e ao experimentar o crack, haver uma migração do uso, devido às características intrínsecas da substância – deslocamento de uma substância para outra. Ao haver o primeiro contato com o crack, a tendência é a instalação progressiva da dependência.

 

2. ” Maconha vicia” – Apesar de não haver dúvida da cannabis ser uma droga menos potente que a maioria das demais, ela é inócua. Está bem descrita sua dependência na literatura médica e reconhecida no CID10 da OMS -F12.2. Até 10%dos usuários , dependendo da avaliação, tornam-se dependentes de maconha.


3.Os homens usam mais drogas que as mulheres” – Quem já esteve em algum centro de tratamento de dependentes de álcool ou drogas tem a impressão de que há mais homens dependentes do que mulheres. Isto não é verdadeiro. Hoje a proporção, especialmente em populações mais jovens, é de 1 para 1. As mulheres têm mais dificuldade em buscar tratamento, e em permanecer em tratamento, pois o preconceito e a função social da mulher ( como mãe, por exemplo ), coloca barreiras na sua recuperação, além de haver menos serviços especializados nas questões femininas e menos profissionais preparados para o atendimento deste público.




4.O adolescente entra no mundo das drogas fumando maconha” – A experimentação de drogas média, no Brasil, está em 12 anos. As primeiras drogas usadas são o álcool e os inalantes ( cola de sapateiro, tinner, etc ), pelo simples fato de estarem mais disponíveis. O adolescente hoje é, antes de tudo, um poliusuário, ou seja, experimenta diversas drogas, freqüentemente ao mesmo tempo.




5.Usou o crack, não tem jeito. Entrou na droga, acabou” – Acesso a um bom tratamento, baseado numa atenção a mais variada possível, tratamentos diversos para casos diferentes, sem soluções mágicas ou instantâneas, prevenção de recaídas, tratamento de comorbidades, assistência familiar, reinserção social, oferecem ao dependente a chance de se livrar das drogas e ter uma vida normal. Existe saída.

Fonte: InfoDrogas

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